O advogado é um profissional liberal e muitos atuam como
autônomos. No entanto, em um certo momento da carreira, o advogado, tendo em
vista o volume de clientes ou mesmo uma exigência do mercado, pensa em abrir
uma sociedade.
Do ponto de vista tributário, óbvio, existem algumas
vantagens, mas ser um profissional liberal autônomo pode ser mais vantajoso,
tendo em vista os custos que uma empresa tem principalmente com contadores.
Com o advento da Microempresa para advogados a coisa
melhorou. No entanto, ter um endereço comercial, pagar contador e toda uma
estrutura de empresa, para um advogado que tem um fluxo de caixa esporádico
(isso não quer dizer que ganha mal, mas que tem meses que não entra nada) pode
ser perigoso assumir despesas mensais fixas e variáveis.
Coloque no papel: se um contador te cobrar um salário mínimo
por mês, você já terá que reservar quase 12 mil por ano para pagá-lo. Além
disso você deve pensar em aluguel, condomínio, água, luz, telefone... ou seja,
melhor repensar, não?
Hoje, com toda tecnologia e facilidades, precisamos entender
que uma nova geração de advogados nasceu. Escritórios virtuais estão presentes
em todos os locais, inclusive na própria OAB; o processo eletrônico é uma
realidade que acabou com aquela ida ao fórum para protocolizar; o livro digital
trouxe a alternativa de termos os livros nas mãos ao invés de estarem pegando
poeira em salas de reuniões apenas para demostrarem que o advogado estudou; os
servidores foram substituídos por HDs nas nuvens e hoje, falo por experiência,
os clientes só me chamam no WhatsApp.
Pois é, as profissões mudam e a advocacia mudou. Estereótipos
serão quebrados cedo ou tarde e novos paradigmas surgirão. Se você não quer
aceita isso, pelo menos pense no dinheiro! Se você tem dinheiro e quer peitar
adquirindo uma estrutura, excelente, eu tenho a minha, mas não coloque a
carroça na frente dos bois, se estruture.