quarta-feira, 23 de julho de 2008

Batman o Cavaleiro das Trevas

Os "Segundos filmes da série" geralmente são mais enérgicos, mais fortes e vão direto ao assunto, no caso de Batman o assunto foi tão direto que nos deixou meio zonzos. Confesso que nos primeiros minutos do filme eu não sabia se prestava atenção na história, na edição, nas referências aos quadrinhos... Vale a pena outra olhada. Batman é um dos filmes que vira outro filme cada vez que vemos e isso é bom e ruim, já que nos causa mais angustia enfrentar formas de arte tão incríveis, nos cansa, nos deixa tristes e pequenos diante de tanta perspicácia e genialidade. Filme incrível, roteiro incrível, excelentes atuações, que por falar nelas, foram a base, a estrutura, o todo desse filme. Não vamos falar de Coringa (Heath Ledger) que este é irretocável e de Batman (Christian Bale) que, no caso, é sempre um trampolim para outros personagens, talvez por ter noção de sua grandeza, se deixa ficar em segundo plano. Gordon (Gary Oldman), Harvey Dent (Aaron Eckhart), Lucius Fox (Morgan Freeman), Alfred (Michael Caine) e a bela Rachel (Maggie Gyllenhaat) foram postos a prova a todo instante e cobrados, de forma teatral, em suas atuações e quanto a ética de seus personagens simplesmente foram remodelados, no mais... PURO CAOS.
Christopher Nolan e Jonathan Nolan encontraram a fórmula do Batman, tudo deu certo e o Cavaleiro das Trevas tem agora um filme digno de seus amigos e inimigos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Educação

Uma de minhas maiores criticas à sociedade é, sem dúvida, a total falta de senso, de bons costumes e  de educação que tomou conta das relações sociais. Sei que é muito difícil o convívio social, ainda mais em uma sociedade heterogênea como a nossa, mas as pessoas andam se esforçando pouco para melhorar essa situação. Muitas vezes saio na rua e percebo que as atitudes das pessoas são cada vez mais selvagens e as convenções e protocolos foram deixados de lado há muito tempo. Amigos, sem querer ser careta, mas regras de convívio social existem, são costumes, são convenções que por mais que não sejam leis, que não sejam tipificadas em códigos e obrigatórias, fazem com que a vida entre pessoas, entre iguais, se torne mais digna. Deem lugar aos idosos, às grávidas, aos deficientes, falem mais baixo, desliguem seu celular, deem a vez no trânsito, não furem fila e, principalmente, sorriam e digam... BOM DIA! Essa palavra é importante, pode parecer bobagem, mas um “bom dia” cria um elo de civilidade, que, por mais tênue que seja, demonstra que somos humanos e que consideramos, pelo menos, a existência do próximo.

Eu comecei esse texto - ou seja, me dei o trabalho de reclamar sobre algo que muitos já reclamaram -, por conta do belo vídeo que postei abaixo, ele mostra que a falta de educação não é um privilégio de brasileiros e atenta para um problema grave: nossas crianças têm seus pais como espelho e se esses são monstros selvagens que ao serem chamados de animais ofendem a classe dos pobres bichinhos, a criança tem grandes chances de, influenciadas pelos infelizes, se tornarem um deles. “Make your influence positive”.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sex And The City

Ontem fui ver Sex And The City com minha mulher, não que ela tenha feito qualquer tipo de apelo ou dito que o filme é o elo perdido entre o que as mulheres pensam e como os homens não conseguem tocar a alma desses seres tão distantes, afinal… Ela não assistia à série. Fomos mesmo pela curiosidade e para entender o porquê de todo esse frisson.
Sentamos na sessão 19:30 e saímos quase 22:00h, o filme é bem longo, quase um Box inteiro da série e confesso que fiquei meio decepcionado, mas como sou homem, olhei para cara da Natti, meu parâmetro feminino… Ela estava decepcionada também e me senti mais confortável.
Bom, não tenho nada contra Nova York, bolsas de marca, armários e sapatos de U$529,00, solteiras, casadas ou qualquer tribo, mas conheço bastante gente e algumas amigas e conhecidas minhas têm tudo a ver com Sex And The City, outras… Acho que tentam se encontrar em um mundo feminino que não as pertence.
Assistam Sex And The City, afinal, quem sou eu para entender as mulheres?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Dona Ruth

Na semana passada morreu dona Ruth Cardoso. A antropóloga que deu um toque social ao frio e administrativo governo de Fernando Henrique mostrou que uma primeira-dama pode fazer muito mais do que chás com socialites e ter muito mais presença do que se imagina. O título de primeira-dama (criado pelo povo americano) não caía bem em Ruth, não somente por protestos da mesma, mas pelo simples fato de ter sido mais, muito mais, do que isso em sua história antes, durante e depois do governo do marido. O Brasil perde uma grande mulher.
No enterro da ex-primeira-dama o presidente Lula deu um fraterno abraço em seu colega e adversário politico Fernando Henrique Cardoso que foi casado por 56 anos com dona Ruth, FHC retribuiu o gesto. A cena documentada em todos os jornais, foi reiteradamente mostrada em todos os meios de comunicação, o abraço foi um gesto de civilidade que reflete muito bem o momento que o país atravessa e, para certificar isso, o presidente Lula em um discurso buscou mais uma vez a união com FHC quando disse que PT e PSDB deveriam se aproximar. Achei a atitude de Lula interessante, afinal um governo é a conseqüência do outro, que é conseqüência do outro e por ai vai… Está mesmo na hora dos políticos brasileiros pararem com essa história partidária e retrógrada de anular o governo anterior, bases foram criadas no passado, erros foram cometidos, mas a história está ai para isso, só olhando o passado acertamos no futuro. O PT tem que dar o braço a torcer que esta estabilidade econômica é tucana e o tucanato tem que assumir a boa continuidade do PT. A hora que isso acontecer, quando pararmos com essa bobagem de ideologias e partidos e pensarmos no bem comum, estaremos mais perto da verdadeira democracia. Tomara que daquele abraço saiam bons frutos, tenho certeza que dona Ruth, onde quer que esteja, aprovou o gesto.