terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A morte do sonho


O Capitão América, lendário super-herói criado por Joe Simon e Jack Kirby em 1941, morreu! O alter ego de Steve Rogers, o mais popular herói surgido sob a bandeira do patriotismo norte-americano, bateu as botas e não sou eu quem está dizendo isso, está nas bancas na publicação “Novos Vingadores 49” da editora Panini Comics. Bom, nem sou tão fã do Capitão, mas é no mínimo engraçado este herói morrer durante um governo republicano, afinal de contas eles sempre foram afeitos ao nacionalismo estremado, e a perda do herói americano mais patriótico, mais destemido, um verdadeiro paladino da justiça, exemplo de integridade e conduta, é demais! Eles não poderiam ter deixado isso acontecer, eles perderam um de seus melhores homens.
Deixando de lado a negligência republicana com nosso herói, o que teria acontecido com o Capitão America? Quem poderia ter sido o autor desse plano diabólico? Bom, são muitos os suspeitos, poderiam ser nazistas, vietnamitas, russos, cubanos, talibãs, iraquianos ou até mesmo um brasileiro (sempre tem um brasileiro querendo aparecer). Acho que tinha muita gente querendo ver o Capitão pelas costas e como a cada dia mais gente gosta menos de americanos, não seria de se espantar que qualquer um desses citados fosse o algoz. De qualquer forma, a morte do Capitão América (Steve Rogers) é uma marco editorial e não poderia acontecer em uma época melhor, quando o atual governo americano fez mal até o que eles fazem muito bem, guerrear. Bush conseguiu entrar em uma guerra louca de forma quase religiosa e usou assim a mesma arma de seus inimigos (ou inimigo), a selvageria. Invadiu um país, não encontrou ninguém, invadiu outro país, prendeu um ditador, tentou implantar uma democracia no mesmo país, enforcou o tal ditador, viu a burrada que fez e continua lá com tropas que se custam caro para o povo americano, custam mais caro do que se podia imaginar em matéria de capital e custam caro para a imagem que o povo americano tem no mundo. George W Bush, o homem que conseguiu acabar com a imagem dos EUA em qualquer ponto distante do mundo e do universo, fragilizou a economia americana, foi contra todos e provou que nem sempre podemos esquecer a aula dada pelo Vietnã na década de 70. Bush não fez o dever de casa, esqueceu a diplomacia, desvalorizou a moeda, aumentou o desemprego, enfrentou uma crise imobiliária sem precedentes (que já era prevista, mas ele quis deixar para o próximo governo) e fingiu que New Orleans nem é tão importante assim.
O presidente trapalhão e seus asseclas saem e deixam uma herança desagradável para povo americano e para seus futuros governantes, limpar a imagem degastada de um país que sempre se preocupou com sua imagem. Os republicanos deixam a casa desarrumada e meio quebrada, e enquanto isso, nós aqui embaixo, seguimos esperando um novo "herói", ou "heroína", afinal de contas o povo americano parece estar cansado de cowboys. Descanse em paz Capitão.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Rio é surreal

Vanderley Gomes de 53 anos deu entrada ontem pela tarde no hospital municipal Souza Aguiar no Centro do Rio e foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor na garganta. Após a operação a família que acompanhava toda situação no hospital foi em casa trocar de roupa e quando os familiares voltaram ocorreu a situação surrealista: Vanderlei sumiu! A filha de Vanderlei chamou a policia, a imprensa (eu fiquei sabendo do ocorrido pela Rádio Band News FM agora pela manhã), amigos e quem mais fosse capaz de ajudar, buscas foram realizadas em todo o hospital e nada de encontrarem Vanderlei. O descaso com a saúde no Rio de Janeiro está realmente criando precedentes, mas esse descaso não é só político, os próprios funcionários do hospital demonstram que a vida humana é algo pouco digno de atenção, porque além do diretor do hospital não ter sido encontrado desde ontem e os repórteres da Band News FM terem apurado que segundo funcionários ele só saiu do hospital às 2 da manhã, ou seja, ele se escondeu para não prestar declarações, uma enfermeira da instituição ao ser questionada pela filha do paciente sobre o paradeiro do pai enfermo, respondeu da forma mais fria possível para ela procurar no lixo. Bom, a única coisa boa dessa notícia até agora é que o depoimento da enfermeira foi parar no boletim de ocorrência, o policial que estava ao lado da filha de Vanderlei pegou a resposta da infeliz, tomara que divulguem esse nome, faço questão de postar aqui no Blog.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

IBGE

Essa é quente! Roberto Yamada, um amigo de faculdade, me mandou um link que achei bem interessante: http://www.ibge.gov.br/paisesat/. Esse site foi posto no ar pelo IBGE na semana passada, nele temos um mapa mundial com 192 países e quando clicamos sobre o país desejado temos informações importantes sobre cada um, informações oficiais de dados históricos, população, estatísticas, cultura etc. Tudo colocado de forma simples e completa, excelente para pesquisas. Já coloquei nos favoritos do blog.

Voltei

Estava de férias e por conta disso fiquei um pouco afastado do mundo virtual, coisa de quem vive nesse mundo o ano todo e resolve dar um descanso para os olhos e para a mente. Minhas férias foram produtivas, estive no Chile e voltei com boas novas que devo relatar quando as fotos da viagem saírem da máquina digital, além disso, consegui ler todos os livros que comprei e reencontrei pessoas que exercem cargos importantes na minha vida pessoal. Durante as férias filosofei um pouco sobre a vida (coisas do ócio) e em uns de meus devaneios com meu amigo Daniel fiz um cálculo simples e bem significante (ele é engenheiro e cálculo é com ele mesmo), pensamos: se um indivíduo começa a trabalhar com 20 anos e se aposenta como manda o figurino aos 65 anos, temos ai 45 anos de trabalho e dedicação profissional, pelo fato de toda essa devoção nos deixar um pouco cansados temos também o direito de tirar em cada um desses 45 anos um mês de férias. Geralmente o brasileiro (quando consegue) tira esse um mês de férias todos os anos, sendo assim, ele tem exatamente 45 meses de férias em toda sua vida profissional, o que dá mais ou menos 3 anos e 8 meses. Se formos generosos e esquecermos de pensar em todos os descontos sofridos em nossas férias onde concertamos o carro, vamos ao médico, visitamos o gerente de banco e o contador (aquelas coisas chatas que não temos tempo de fazer ao logo do ano). Podemos concluir que nesses 45 anos de vida profissional uns 3 anos de férias é um resultado bem razoável, sendo assim, o que toda essa filosofia barata nos leva a crer? Que isso tudo de nada importa, pois sempre foi assim e assim sempre será, mas fica um conselho: não venda suas férias, elas valem mais do que você imagina.