terça-feira, 16 de maio de 2017

Qual o momento de abrir uma sociedade de advogados?


O advogado é um profissional liberal e muitos atuam como autônomos. No entanto, em um certo momento da carreira, o advogado, tendo em vista o volume de clientes ou mesmo uma exigência do mercado, pensa em abrir uma sociedade.

Do ponto de vista tributário, óbvio, existem algumas vantagens, mas ser um profissional liberal autônomo pode ser mais vantajoso, tendo em vista os custos que uma empresa tem principalmente com contadores.

Com o advento da Microempresa para advogados a coisa melhorou. No entanto, ter um endereço comercial, pagar contador e toda uma estrutura de empresa, para um advogado que tem um fluxo de caixa esporádico (isso não quer dizer que ganha mal, mas que tem meses que não entra nada) pode ser perigoso assumir despesas mensais fixas e variáveis.

Coloque no papel: se um contador te cobrar um salário mínimo por mês, você já terá que reservar quase 12 mil por ano para pagá-lo. Além disso você deve pensar em aluguel, condomínio, água, luz, telefone... ou seja, melhor repensar, não?

Hoje, com toda tecnologia e facilidades, precisamos entender que uma nova geração de advogados nasceu. Escritórios virtuais estão presentes em todos os locais, inclusive na própria OAB; o processo eletrônico é uma realidade que acabou com aquela ida ao fórum para protocolizar; o livro digital trouxe a alternativa de termos os livros nas mãos ao invés de estarem pegando poeira em salas de reuniões apenas para demostrarem que o advogado estudou; os servidores foram substituídos por HDs nas nuvens e hoje, falo por experiência, os clientes só me chamam no WhatsApp.


Pois é, as profissões mudam e a advocacia mudou. Estereótipos serão quebrados cedo ou tarde e novos paradigmas surgirão. Se você não quer aceita isso, pelo menos pense no dinheiro! Se você tem dinheiro e quer peitar adquirindo uma estrutura, excelente, eu tenho a minha, mas não coloque a carroça na frente dos bois, se estruture.