Um casal viver sob o mesmo teto não é fácil, são muitos
fatores que podem levar à uma boa convivência e outros que podem simplesmente
destruí-la.
Sem entrar em maiores detalhes sobre a convivência do casal,
sei como é difícil, mas infelizmente a situação quando envolve crianças é ainda
pior.
Muitos casais acabam convivendo em total desarmonia só por
terem medo de perder a convivência das crianças no caso de uma separação. Uma
parte (ou ambas) acaba cedendo sua vida, sua liberdade, sua felicidade para não
encarar um divórcio e, por questões de guarde e visitação, perder a
oportunidade de criarem os filhos. Outra situação muito comum é também quando
as pessoas jogam com os filhos, fazendo com que virem moeda de troca ou mesmo chantageando a outra parte, nesse caso a situação fica ainda pior.
Vamos esclarecer uma coisa antes de mais nada: qualquer um
dos membros do casal tem o direito de ter acesso, participar da educação e
conviver com seus filhos. Isso é lei, não tem como fugir disso, a não ser em
situações extremas como violência doméstica por exemplo.
Claro que em um divórcio consensual as coisas tendem a ser
mais simples, mas mesmo em uma situação de total rompimento de qualquer vínculo
ou relação do casal em que o mesmo chega a um divórcio litigioso, a lei deverá
ser cumprida e os pais poderão conviver com seus filhos.
Proibir que um pai ou uma mãe tenha acesso aos seus filhos,
alienação parental ou mesmo perturbação de uma visita, são ilícitos graves e
por conta disso existem medidas específicas para essas situações, a justiça não
tolera excessos de nenhuma das partes e, caso isso ocorra, vale procurar um
advogado ou a defensoria para resolver a situação.
A família é a célula mãe de uma sociedade e o Estado criou
diversos meios de protegê-la, mesmo quando ocorre uma ruptura, a lei deve ser
observada.