quinta-feira, 12 de junho de 2008

CSS para os namorados

Enquanto o Sport supera o Corinthians e ganha o título inédito da Copa do Brasil, Felipão acerta com o Chelsea e Flávia Alessandra é chamada para ser rainha de bateria da Viradouro, enquanto Dedé Santana volta para a Globo e o BC sinaliza que os juros vão continuar aumentando, nós podemos até dormir no ponto, esquecer um pouco da vida e nos perder pelas notícias ficando até um pouco desnorteados com tanta informação, nós somos assim, o governo não. Ontem, véspera do dia dos namorados, ao invés de estarem preparando sua noite de quinta, os governistas conseguiram aprovar, com votação apertada, alguns destaques do projeto que regulamenta a Emenda 29 e cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS), a dita nova CPMF.
O parágrafo acima traz, mais uma vez, uma história triste, mas… Como nem tudo é de todo ruim e nem tudo é de todo bom, o governo aprovou alguns destaques, mas nem todos! Alguns outros estão pendentes e, o mais importante que trata da base de cálculo do imposto, se não for aprovado, pode inviabilizar a nova (velha) contribuição.
O governo precisa de 257 votos para aprovar essa porcaria desse destaque, esse artigo que viabiliza a “jogada”, se não conseguir o imposto será criado e não fará sentido porque não terá base de cobrança. Bom, a esperança é a última que morre, o governo adiou a votação para semana que vem pois o plenário já estava se esvaziando ontem à noite. Eles querem uma maior margem de manobra para garantir a vitória, já que em seguida o projeto segue para o senado onde o governo tem maioria frágil.
O STF ainda pode contestar essa palhaçada, já que o imposto foi criado por lei complementar e não por emenda constitucional, pois apesar de ser encarado como contribuição ele tem caráter de imposto.
Bom, para terminar o texto com um feliz dia dos namorados, deixo uma frase de Vinícius de Moraes, o poeta da paixão. A frase não tem muito a ver com namorados, mas lembra a CPMF que o governo extinguiu e fez toda aquela gritaria se fazendo de bonzinho: “Se foi para desfazer, porque que fez?”