quinta-feira, 6 de março de 2008

¿Porque no te callas?

Gostei da posição brasileira diante do incidente em Madri, barrar jovens estudantes brasileiros que desejam entrar na Espanha é um direito do estado espanhol, mas o princípio da reciprocidade é um direito do estado brasileiro. A nota do Ministério das Relações Exteriores, onde o chanceler Celso Amorim encara com “profundo desagrado” o caso dos jovens detidos no aeroporto de Madri, é sincera e mostra que apesar de tudo, com toda a vaselina que a diplomacia brasileira historicamente coloca nas relações internacionais diante de outras soberanias, em situações como essas o Brasil vem tendo atitudes mais enérgicas dignas de um país do nosso porte.
Não deixou entrar? Dificultou? Não entra aqui também não, a não ser que prove e explique, muito bem explicado, o que veio fazer por essas bandas. Ultimamente o comportamento de cidadãos espanhóis em nossas terras tem sido pra lá de suspeito, são eles os principais traficantes de mulheres brasileiras para trabalhar como prostitutas na Europa e isso seria um excelente motivo para colocarmos essa galera para correr, eles deram motivo na casa deles e nós, como um estado politicamente organizado, temos que nos posicionar. Morei em Madri, tenho ascendência espanhola (o “Velasco” de meu sobrenome denuncia), e sempre fui muito bem tratado por lá, mas acho uma afronta, em um mundo globalizado jovens serem humilhados por tentarem, de forma idônea, entrar em outro pais e serem barrados, isso é no mínimo um retrocesso. Sou brasileiro, Celso Amorim também, não temos sangue de barata e torço para que seu discurso contundente crie precedentes e faça com que povos estrangeiros nos respeitem como uma nação séria.