terça-feira, 30 de agosto de 2016

A sociedade está doente 2

Ontem um pai de família matou sua esposa e arremessou seus dois filhos pela janela em um condomínio de classe média alta na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O surto que acometeu aquele pai de família é algo aterrorizante e sua atitude foi absurda, no entanto, quem somos nós para julgá-lo? A loucura é algo inimputável, não tem julgamento, não tem parâmetro, não tem sentido. Só nos resta, realmente, lamentar. Quando temos integras nossas faculdades mentais é muito difícil compreender.

A triste história, porém, traz algo para se pensar. A loucura daquele pai de família teve uma origem que deve ser criticada, mas a crítica não deve ser direcionada a ele, uma vítima, mas à sociedade em que vivemos. Cada dia estamos mais presos a este estereótipo de sucesso, de dinheiro, de fama, de corpo, de perfeição. Somos humanos, falhos, nos frustramos e nos frustraremos por toda a nossa vida. Hoje, cada dia mais, a felicidade deixa de estar relacionada ao romantismo, ao belo, para se transformar em algo material. Corremos todos os dias atrás de um objetivo inalcançável e no fim do dia percebemos que estamos dando para trás, deixando de lado o que realmente interessa, ficando cada dia mais próximos do que temos do que aquilo que somos.

Muito triste tudo isso.