segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cinema fim de semana

Quando ainda dava socos no ar, quando ainda tinha inimigos imaginários e partia para a briga como se estivesse sobrevivendo ao último combate da minha vida, nas brincadeiras da minha infância (é claro!) minha inspiração era Indiana Jones.
Semana passada escrevi uma postagem falando da minha admiração pelo personagem e como foi gostoso assistir a seus antigos filmes já maduro e ponderando o que era visão da infância e o que tinha de realmente sério e bem produzido naquelas histórias. Esse fim de semana fui ao cinema para assistir ao novo filme do meu herói da infância e, sabendo que não iria me decepcionar, fui sem medo. Para meu espanto, além de não me decepcionar, fui surpreendido pelo filme, que é muito melhor do que imaginei e recomendável a todas as idades.
O filme se passa em plena guerra fria e abre diversos pontos interessantes da época. A moda é muito bem ilustrada no filme, o choque da geração do pós-guerra (representada por Indiana Jones) com a nova geração dos anos 50-60, os dilemas americanos contra os comunistas e as eternas piadinhas em relação aos soviéticos são evidentes e nos fazem lembrar de filmes que foram verdadeiros medalhões da guerra cultural entre as duas maiores potências mundiais e que encheram os cinemas, e nosso imaginário, nas décadas de 70 e 80.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é pura diversão e um pretexto maravilhoso para pipocas. Dá para ver com a namorada, com o pai, com a mãe, vovô e netinho, agrada qualquer um e mostra que Steven Spielberg e George Lucas ainda sabem fazer, e muito bem, um blockbuster e que Harrison Ford, no auge de seus 66 anos, ainda leva muita gente ao cinema. Não sou saudosista, os que me conhecem sabem que miro o futuro, mas o filme me fez lembrar uma época gostosa onde o cinema era, acima de tudo, diversão. Não percam!